Literatura popular em
verso: Cordel
Alunos do 5º ano B, da Escola
Perseverança estudam sobre o gênero literário nordestino que se tornou
patrimônio cultural do País.
Por Janaína Luginieski
Vocês
já ouviram falar em cordel? Foi com essa pergunta que iniciei a aula sobre o
gênero literário popular no Nordeste, que se tornou patrimônio cultura no
Brasil.
Tudo
começou em Portugal, onde era comum encontrar folhetos pendurados em cordas e
barbantes para venda em meados do século XVI. Aqui, a literatura popular em
verso começou a ser divulgada em 1893 pelo paraibano Leandro Gomes de Barros.
Caracterizado
por uma linguagem e escrita informal, o cordel foi diferenciado do repente por
ser passado para o papel. Porém, esse gênero popular não deixa de ter suas
formalidades, pois seus textos, assim como outras formas literárias, seguem um
conjunto de rimas, métricas e orações.
Após
breve explicação histórica sobre o gênero, meus alunos do 5º ano B, da Escola
Perseverança, de Marmeleiro, foram se interessando pelo assunto e logo viram a
semelhança com a poesia, já conhecida por eles, lembraram também do famoso
filme “O Alto da Compadecida”, assim como da novela “Cordel Encantado”.
Os
versos do cordel são feitos sobre aventura, religião, sátira, relatos ou de
qualquer tema, normalmente sobre a cultura sertaneja. Porém, a ideia passada à
turma foi a da escrita de acordo com a vivência de cada um, ou seja, seguindo a
nossa cultura.
Após
conhecerem o gênero por meio de leituras, vídeos e imagens, foi a vez de
produzirem seus próprios cordéis. A turma foi dividida em trios e textos cheios
de criatividades foram criados por eles.
Xilogravura
Os
cordéis são acompanhados de lindas imagens em xilogravura, técnica de gravura
em madeira que é passada como um carimbo para o papel com tinta, normalmente,
preta. Os alunos ilustraram seus escritos substituindo a madeira pelo isopor. A
técnica rendeu ilustrações semelhantes às encontradas nos versos estudados e, assim
como antigamente, os cordéis do 5º ano B foram expostos pendurados em barbantes
na sala de aula.
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